II LAWCN 2019

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Web engajada

Caros amigos,

não tenho dúvidas que a grande maioria de nós, navegantes virtuais pela supervia da informação, fica indignada com toda e cada notícia de crueldade que ocorre mundo afora. Quem não fica comovido com as crianças etíopes que morrem de fome por absoluto abandono do resto do planeta? Quem não se entristece ao ler que dia após dia a ganância do homem consome o planeta como se fosse um glutão frente a um banquete? Quantos não se revoltam com os maus tratos às mulheres que é prática comum em algumas culturas? Quem não se enfurece com a nossa política e quem não fica desesperado ao saber que há governos ditatoriais que furtam toda a liberdade de cidadãos ao redor do mundo, em função da manutenção do poder tirano?

Pois é, eu também fico e, na maioria das vezes, copio a atitude de todo mundo mais: vocifero revolta, faço cara de horror, remexo-me na minha cadeira e depois vou buscar mais café para terminar de ler os emails. É pão e circo meus caros, pão e circo. Apesar de pagar impostos aviltantes, ainda tenho pão e circo que me amarram à minha confortável cadeira de escritório.

Por outro lado, considero-me um pouco mais engajado do que o brasileiro médio (não vou falar disso agora, pois detesto auto-promoção, quem quiser que me pergunte depois), ainda que esteja a anos-luz de distância de ser um avatar do engajamento sócio-político mundial. É que, além de algumas quase simbólicas atitudes diárias pró planeta, tornei-me recentemente um assíduo contribuidor assinante de um grupo da web de engajamento político com ampla atuação e considerável influência sobre organizações decisórias das políticas internaiconais. É desse grupo que quero falar hoje.

Trata-se da Avaaz, um grupo de ativismo político e ecológico, formado por cidadãos engajados de todo mundo e reunidos pela maravilha da Internet. Basicamente, o que o grupo faz é divulgar os alvos de seu ativismo, recolher assinaturas e fundos e, de posse desses intrumentos, pressionar dirigentes para que tomem atitudes que vão ao encontro dos pensamentos da organização. Estes, por sua vez, representam a opinião pública global, recheados do bom senso de alguns intelectuais da organização.

Nunca doei dinheiro (trauma tupiniquim, talvez), mas assinei digitalmente todas as campanhas lideradas pela Avaaz, sobretudo por estar totalmente de acordo com os posicionamentos de seus organizadores, que sempre me soaram muitíssimo sensatos. Ainda que não tenha a disposição de ir direto para o front do ativismo, como me associar a uma ONG largando tudo para trás no Brasil, acho que faço um pedaço da minha parte cada vez que clico no botão do site da Avaaz. E por isso recomendo a todos conhecer o trabalho dessa turma. Basta acessar o site http://www.avaaz.org/ .

O objeto atual do ativismo da Avaaz são os protestos pró democracia realizado pelos monges de Mianmar (antiga Birmânia) e fortemente reprimidos pelo governo ditatorial do país. A foto abaixo, plubicado no site do G1, fonte Reuters, mostra os monges enfretando as forças militares em seu protesto. Lembro que essa foto é uma conquista, pois o governo agora controla a Internet de Mianmar e dificultou muito o trabalho dos jornalistas no país.


Um abraço a todos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Já assinei o RSS.
Muito bom, gostei do blog! Parabéns