II LAWCN 2019

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aquisições

Salve nautas!

Tem mais livro na coleção! Tem mais sinapse boa na massa cinzenta! É isso aí, continuo na boa leitura, ficando cada vez mais "cabeçudo", hehe...

Passei outro dia na Leitura Megastore do BH shopping e adquiri quatro livros. Foi um político de presente para mimha mãe, chamado "Não Somos Racistas" do Ali Kamel, criticando as cotas universitárias; um romance para a patroa "Anjos e Demônio" do Dan Brown (mesmo autor do Código Da Vinci); e dois para mim, seguindo a linha de textos sobre religião.

O primeiro é o best seller do Sam Harris, "Carta uma Nação Cristã". Já o li e já me extasiei... e me horrorizei. O Dawkins foi cirúrgico no prefácio: "Um pequeno livrinho de imenso poder". São menos de 100 páginas de um texto em forma de carta dirigido ao cristão médio norte-americano, mas que serve muito bem ao cristão brasileiro também, sobretudo o vulgar "católico não-praticante". Com uma argumentação afiada e inteligente, Sam Harris mostra de maneira contundente como é infantil a crença em Deus e, sobretudo na instituição religiosa e seus artefatos sagrados como a Bíblia, provando o risco (assustadoramente real) que a religião organizada representa à humanidade. Os moderados podem achar que estou exagerando. Quisera eu... há violentas pressões em solo Yankee para transformar a maior super-potência do planeta, aquela mesma que controla o maior arsenal nuclear do globo, em uma teocracia. A visão de um sujeito que acredita que a Terra foi criada depois da domesticação do cachorro segurando a chave do "botão vermelho do fim do mundo" é ou não é apovarante?

Recomendo a todos esse livrinho, sobretudo - naturalmente - aos cristão de toda a sorte, católicos, protestantes, evangélicos, espíritas e etc. Na pior das hipóteses, é um belo teste para a fé. Na melhor, vai arrancar consciências do grilhão mental da religião de uma vez por todas e delas, contituir indivíduos livres e plenos, habitante melhores e mais conscientes deste planeta.

O outro livro já é um pouco mais difícil de se ler. É um texto mais denso e mais profundo, mas não menos brilhante e impactante. Trata-se do livro "deus não é Grande - como a religião envenena tudo" do jornalista Christopher Hitchens. Esse eu apenas comecei a ler, mas já me parece muito bom, pois mostra claramente, baseado na história sobretudo recente, como a religião organizada, da mais radical à mais moderada, vicia e corrompe os mais nobres valores e instituições humanos. Permitam-me reproduzir um pequeno trecho para vocês perceberem a contudência do seu autor:

"Ele [Dannis Prager] me desafiou publicamente a responder o que classificou de uma "simples pergunta sim ou não", e eu concordei alegremente. Muito bem, disse ele. Eu deveria me imaginar em uma cidade estranha ao anoitecer. Eu deveria imaginar que um grande grupo de homens vinha em minha direção. Então: eu me sentiria mais seguro ou menos seguro sabendo que eles estavam apenas vindo de uma cerimônia religiosa? Como o leitor verá, essa não é uma pergunta que permita uma resposta sim ou não. Mas eu era capaz de responder a ela como se não fosse hipotética. Apenas para ficar na letra 'B', eu de fato já passei por essa experiência em Belfast, Beirute, Bombaim, Belgrado, Belém e Bagdá. Em todos os casos eu posso dizer não, com convicção, e posso apresentar os motivos pelos quais me sentiria imediatamente ameaçado se pensasse que o grupo que se aproxima de mim no escuro estava vindo de um encontro religioso."

Um mínimo de conhecimento histórico e a gente imagina as razões. Enfim, estou ansioso para ler os capítulos: "Revelação: o pesadelo do "Velho" Testamento", "O "Novo" Testamento supera a maldade do "Velho"" e o "O Corão faz parte dos mitos judaicos e cristãos".

Por todas essas qualidades, ambos os livros entram para a minha listinha de prediletos.

Boa leitura e um abraço!
Vinícius

4 comentários:

Débora Denk disse...

LI E RELI TUDO AQUI ^^
só comentando pra você saber que eu realmente vim aqui
=)

Beijos
Debora(do niver da fá)

Ps:.Manda um bjo pra sua esposa e filha linda ^^

David Lucas Desidério disse...

"Por que que um resultado de impacto tão relevante para toda a humanidade é publicado em uma revista com um viés tão óbvio? Por que o artigo com seus resultados experimentais não são submetido à arena acadêmica dos jornais peer-reviewed?" (Vinícius Rosa Cota)
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Prezado Vinícius, agradeço pela sua leitura e sua interessante questão. Por que você considera que os resultados são "de impacto tão relevante para toda a humanidade?
O resultado dos experimentos não foi publicado em revista, mas sim em livros. O autor (já falecido) considerava que o assunto "Espírito" pode ser tratado cientificamente, sem vículos religiosos como é o seu interesse. Mas ainda a academia tem preconceitos com relação ao tema e revistas "peer-reviewed" em outras áreas não aceitariam publicar tal temática (ainda mais À época dos primeiros experimentos que levaram mais de 30 anos para serem concluídos). Talvez agora, no meio acadêmico dentro do contexto paradigmático da Transdisciplinaridade, uma pesquisa deste tipo possa ser aceita. Mas ainda estes resultados aguardam uma replicação mais ampla e numerosa. Agradeço pelo seu comentário. Abraços.

Vinícius Rosa Cota disse...

Caro David,

Qualquer indício neutro, não religioso e nem dogmático, que indicasse de maneira mais objetiva a possibilidade da sobrevivência da consciência à morte biológica, certamente faria todos nós revermos com cuidado uma série de posturas que temos para nossas vidas, sobretudo em se considerando a fugacidade de uma vida. Imagino que isso teria enorme impacto na economia, na política e mesmo na tecnologia.

Eu concordo com o Sr. Hernani no sentido de que a hipótese do espírito pode ser tratada dentro do metiè da ciência, assertiva que, por sinal, é muito pouco aceita dentro dos meios religiosos (ministérios não intercedentes).

Mais ainda, sou honesto o suficiente para concordar com você com o fato de que deve haver certa ojeriza acadêmica anti-religião. Afinal de contas, isso já gerou grandes problemas no passado.

Apesar disso tudo, só é possível considerar este assunto de maneira séria e imparcial se as pesquisas do tema adentrarem na selvagem arena científica, sem o qual toda e qualquer afirmativa carece enormemente de credibilidade.

Por fim, apesar da dificuldade extra de se publicar o tema religioso, isso é possível e tem sido feito (sou capaz de lhe indicar alguns exemplos). Entretanto, quando a pesquisa do tema se submete ao rigor do método, os resultados são, na sua totalidade, negativos no que concerne aos pressupostos das diversas doutrinas.

Forte abraço!

Vinícius Rosa Cota disse...

Caro David,

Qualquer indício neutro, não religioso e nem dogmático, que indicasse de maneira mais objetiva a possibilidade da sobrevivência da consciência à morte biológica, certamente faria todos nós revermos com cuidado uma série de posturas que temos para nossas vidas, sobretudo em se considerando a fugacidade de uma vida. Imagino que isso teria enorme impacto na economia, na política e mesmo na tecnologia.

Eu concordo com o Sr. Hernani no sentido de que a hipótese do espírito pode ser tratada dentro do metiè da ciência, assertiva que, por sinal, é muito pouco aceita dentro dos meios religiosos (ministérios não intercedentes).

Mais ainda, sou honesto o suficiente para concordar com você com o fato de que deve haver certa ojeriza acadêmica anti-religião. Afinal de contas, isso já gerou grandes problemas no passado.

Apesar disso tudo, só é possível considerar este assunto de maneira séria e imparcial se as pesquisas do tema adentrarem na selvagem arena científica, sem o qual toda e qualquer afirmativa carece enormemente de credibilidade.

Por fim, apesar da dificuldade extra de se publicar o tema religioso, isso é possível e tem sido feito (sou capaz de lhe indicar alguns exemplos). Entretanto, quando a pesquisa do tema se submete ao rigor do método, os resultados são, na sua totalidade, negativos no que concerne aos pressupostos das diversas doutrinas.

Forte abraço!