II LAWCN 2019

quarta-feira, 4 de março de 2009

Movimento pela Transparência, seja bem-vindo

Salve nautas!

Copio aqui, uma entrada no blog do deputado Fernando Gabeira, que, por sua vez, a copiou do Blog do Josias. Isso tem que ser replicado!

Movimento Pela Transparência reúne 29 parlamentares de sete partidos e ganha sigla e site

Em seu encontro inaugural, a frente parlamentar anticorrupção reuniu na noite passada 29 congressistas de sete diferentes partidos.

Leia um resumo do que foi discutido e decidido no encontro, ocorrido no apartamento do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP):

1. O nome provisório da frente é MPT (Movimento pela Transparência). Fará reuniões semanais, sempre às terças-feiras;

2. Para evitar que o grupo fosse ao noticiário com uma cara "moralista", decidiu-se retirar da certidão de nascimento o vocábulo "corrupção";

3. Optou-se por associar o movimento, sobretudo, à luta pela "transparência" na administração pública;

4. A cobrança não ficará restrita ao Legislativo. Decidiu-se estender a briga por mais transparência também ao Executivo (União, Estados e municípios) e ao Judiciário;

5. O grupo terá um núcleo de coordenação. Provisório, num primeiro momento. Definitivo, numa segunda fase. Não houve, por ora, definição de nomes;

6. A frente vai dispor também de um sítio na internet. Uma forma de difundir suas propostas e, simultaneamente, recolher sugestões da sociedade;

7. Pretende-se que o movimento ultrapasse os limites do prédio do Congresso. Vai-se programar um ciclo de viagens pelo país;

8. Planeja-se, por exemplo, realizar debates em universidades. De novo, tenta-se envolver a sociedade, instando-a a participar da pressão por mudanças;

9. Para dar contornos institucionais ao movimento, representantes da frente farão visitas aos presidentes da Câmara, do Senado e do STF;

10. Já nesta quarta (4), o grupo inicia na Câmara, uma perssão para levar a voto a emenda que institui o voto aberto no Congresso.

Aprovada em primeiro turno, a emenda foi à gaveta. Primeiro, vai-se espremer os líderes partidários. Depois, o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP);

11. Ainda na linha da transparência, pretende-se pressionar para que a exposição dos gastos com a verba indenizatória dos parlamentares seja irrestrita;

12. Além da Câmara, que promete levar os comprovantes de gstos à web em abril, vai-se pressionar também o Senado;

13. Ouviu-se na reunião um coro em favor da reforma política. Coisa ampla, não "fatiada", como propôs o governo;

14. Nessa matéria, o ponto de consenso no grupo é a necessidade de instituir no país o financiamento público de campanha;

Estiveram na reunião representantes do PSDB (10), PMDB (6), PPS (4), DEM (3), PSB (3), PSC (2) e PV (1).

O quorum poderia ter sido mais elástico -33 em vez de 29-se tivessem dado as caras os três deputados e o senador do PSOL. Porém...

Porém a legenda presidida por Heloisa Helena, que acenara com a hipótese de comparecer, optou pela ausência na última hora.

A tropa do PSOL alegou que não poderia comparecer a um encontro apinhado de tucanos depois que o PSDB decidiu acionar judicialmente Luciana Genro (RS).

Uma retaliação às denúncias de caixa dois que o PSOL gaúcho fez contra a governadora tucana Yeda Crusius.

Denúncias que, nesta terça (3), motivaram a abertura de uma investigação da PF.

Presente à reunião, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que tentará atrair para o movimento algo como seis senadores.

Entre eles Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS) e Demóstenes Tores (DEM-TO).

Eis a lista dos parlamentares que bateram o ponto na primeira reunião do MPT -Do PSDB: Bruno Araújo (PE), Gustavo Fruet (PR), João Almeida (BA), Otávio Leite (RJ), Roberto Rocha (MA), Mendes Thame (SP), Vanderlei Macris (SP), Paulo Renato (SP), Emanuel Fernandes (SP) e Carlos Sampaio (SP); Do PMDB: o senador Jarbas Vasconcelos (PE) e os deputados Raul Henry (PE), Ibsen Pinheiro (RS), Marcelo Almeida (PR), Rita Camata (ES), Marcelo Itagiba (RJ); Do PPS: os deputados Arnaldo Jardim (SP), Fernando Coruja (SC), Raul Jungmann (PE) e Dimas Ranalho (SP); Do PSB: o senador Renato Casagrande (ES) e os deputados Rodrigo Rollemberg (DF) e Júlio Delgado (MG); Do DEM: Ronaldo Caiado (GO), Roberto Magalhães (PE) e Índio da Costa (RJ); Do PSC: Régis de Oliveira (SP) e Ratinho Jr. (PR); Do PV: o deputado Fernando Gabeira (RJ).

Blog do Josias
Autor Josias de Souza

Um comentário:

Anônimo disse...

É hora de que esses movimentos extremamente importantes para coibir os desmandos produzam realmente frutos. E para isso tem que ter forte apoio popular, sem o que nada se consegue. A internet (e os meios de comunicaçao atual) permite que posiçoes e comportamentos possam ser tomados em conjunto por parte significativa da populaçao. Sugiro que aos politicos que iniciaram este movimento se juntem personalidades comprovadamente honestas e formadoras de opiniáo, e que atraves de um trabalho de comunicaçao convide a populaçao a participar de tomadas de posiçao que mostrem o quanto estamos enojados e desgostosos com o comportamento da classe politica em geral. Que se selecionem (escolham) uma lista de politicos comprovadamente desonestos e inconfiaveis, e que se divulguem estes nomes, pedindo a populaçao de modo geral que mostrem seu descontentamento com essas pessoas com atitudes bem claras, como por ex. sair de um restaurante onde está algum deles, náo comprar produtos de empresas ligadas e eles, etc. Seria uma espécie de exclusáo social bem clara e definida, acrescida a comportamento punitivo para que os que tem comportamento desonestos sintam na pele que estáo sendo relegados ao enésimo plano, e para que os com comportamento adequado sintam que é importante manter este comportamento.